terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Já vi...

Eu já vi o sol nascer
Eu já vi uma paixão aparecer
Eu já vi o sol brilhando num dia de verão
Eu já vi a paixão queimando no meu coração
Eu já vi a chuva caindo num dia ensolarado
Eu já vi lágrimas descendo do meu rosto desesperado
Eu já vi o sol se perder entre a neblina
Eu já vi a incerteza levar uma paixão à ruína
Eu já vi até a neve caindo
Eu já vi o fogo da paixão se extinguindo
Eu já vi o sol se pôr
Eu já vi o fim do amor
Eu já vi a noite surgir
Eu já vi a luxúria me atrair
Eu já vi a lua cheia no céu
Eu já vi a luxúria me dar o seu mel
Eu já vi o céu estrelado
Eu já vi oportunidades por todo lado
Eu já vi a calmaria da madrugada
Eu já vi a solidão atacada
Eu já vi muitas coisas
Mas o que eu nunca vou parar de ver
É um novo dia e uma nova paixão
Nascer e morrer,
Nascer e morrer...

Gustavo Santiago
23/01/2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Loucura

Muita gente já falou para mim que sou um pouco louco demais e eu sei disso. Já ouvi que o pior tipo de louco é o que não sabe que é louco então acho que pelo menos não sou o pior tipo!
Mas continuando o assunto, loucura hoje em dia é normalmente interpretada como um ato não esperado e fora do comum, mas há algo melhor que sair dos planos? Se aventurar sem pensar nas consequências? A sensação de liberdade ao "sair da linha", a auto-satisfação de ter realizado algo fora do comum, são coisas que só são alcançadas quando nos entregamos à "loucura".
Como diz uma música "loucura é viver a vida assim sem aventura", tendo em mente que não levaremos nada dessa vida, por que ir embora dessa terra com arrependimentos? E ao final desta, se perguntar o que poderia ter feito, se arrepender de não ter feito o que queria fazer?
Muitas vezes o que realmente queremos fazer não é comum para os outros, por isso a loucura. A sociedade tem como projeto para nós a vida de robozinho, nascer, crescer, trabalhar, reproduzir, envelhecer e morrer, sair desse ciclo é encarado como loucura por muitos, por exemplo ao sair da faculdade para fazer o que der na telha é encarado como um ato não comum ao ciclo dos robozinhos e assim, loucura.
Há sempre razão na loucura, mesmo que ela não seja visível para todos, ela está lá! Neste caso a razão é alcançar a felicidade através de pequenos atos que fogem do nosso cotidiano e que nos levam a lugares inesperados e por que não? Acredito que seja muito mais fácil de encontrar a felicidade em consequências inesperadas do que em resultados programados, resultados de passos metódicos, calculados e previsíveis que levarão sempre ao mesmo destino.
Olhando por esse lado, talvez não seja tão ruim ser vítima do imprevisível.

18/01/2013
Gustavo Santiago