sábado, 17 de fevereiro de 2018

Sem Título

Uma vez uma pessoa me disse que ao voar de avião, olhava para baixo e via cidades inteiras reduzidas a pequenas miniaturas. E se essas cidades eram tão pequenas, imagine nós, os seres humanos.
Sempre pensei muito sobre isso e não é verdade? Quão pequenos somos? Eu sou um em meio a bilhões, e eu não consigo nem imaginar o que esse número representa, por isso, o que poderia uma pessoa fazer pelo mundo?
Nunca entendi a vaidade e arrogância das pessoas de achar que são mais importantes que outras, ou que suas necessidades sejam maiores que as dos outros. De fato me enojo ao pensar no egoísmo dessas pessoas.
Mas ao mesmo tempo me pergunto, não somos todos egoístas? Para o que fazemos o que fazemos? Por que acordamos todos os dias? Por que estudamos? Por que trabalhamos? Por que amamos? Poucos são os que podem dizer que fazem de fato pelos outros, no fundo, é sempre por nós mesmos.
E todos querem ser importantes não é mesmo? Por que escrevo esse texto? Talvez eu queira que minhas palavras sejam importantes para alguém, que eu possa fazer alguém pensar sobre o que estou pensando agora, talvez eu queira ser importante. Fácil notar que me torno, mesmo que momentaneamente, o que critico.
Afinal, somos seres sem importância, mas que desejamos ser importantes. E na verdade só seremos importantes para uma coisa, para quem nos ama. Para o resto, pouco importa quem somos nós, no final do dia, é apenas um número dentro dos bilhões do mundo. E mudar o mundo? Quem pode mudar o mundo? O maior impacto que podemos causar é um pouco de felicidade para alguém. Isso sim é importante.

Se somos importantes para quem nos ama, e quem amamos é importante para nós, entre tantas dúvidas, tanto egoísmo e tanta futilidade, talvez a única coisa que seja importante de verdade é amar.


17/02/2018
Gustavo Santiago"